sábado, 4 de abril de 2020

A COISA

CONTINUE O TEXTO...

Proposta de continuação do texto utilizando adjetivos.

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A coisa
Flávia Muniz

Devia ser mais ou menos meia-noite.
Fábio já se deitara, mas continuava acordado. Sua mãe dormia no quarto do fim do corredor e deixara a porta entreaberta para o caso de ele precisar de algo durante a noite. A casa estava silenciosa, estranhamente quieta, quando aquilo o surpreendeu.
O barulho partiu de algum lugar à sua esquerda. Um ruído arrastado, seco. Inexplicável. Fábio lia uma revistinha quando o escutou pela primeira vez. A princípio achou que podia ter sido só uma impressão, um truque de sons, assim como o eco, mas o ruído se repetiu. Desta vez, mais próximo.
Fábio apoiou-se no travesseiro e escutou com atenção, o coração batendo depressa enquanto pensava. Seu pai havia lhe explicado que algumas madeiras estalavam durante a noite por causa da queda de temperatura. Mas aquele ruído era... diferente. Era sinistro. Não se parecia nadinha com o estalo de algum móvel maluco.
Olhou em torno, receoso. Aquela inquietante sensação de que estava sendo observado persistia. Virou-se para espiar debaixo da cama, conferir se tudo andava bem por ali. Foi nesse instante que percebeu um movimento atrás de si. Um deslizar suave, quase sorrateiro. Então voltou-se, lentamente. Um arrepio de medo e surpresa percorreu seu corpo ao ver a estranha criatura, ali parada, olhando-o.
Ela estava no canto mais escuro do quarto, ao lado do guarda-roupa. Uma massa disforme, escura e gelatinosa que... flutuava. Seu corpo, úmido e volumoso, tinha a aparência de uma grande esponja, com pequenos orifícios que se abriam e fechavam. Certamente não tinha rosto. Seus olhos mais pareciam dois buracos vazios, mas Fábio podia jurar ter visto algo brilhar, lá dentro. Quando a criatura viu Fábio espiando, soltou um grunhido esquisito e as ventosas de seu corpo começaram a produzir um fluido gosmento que borbulhou, pingou no chão e se espalhou pelo carpete do quarto.
Por   um   instante, Fábio   ficou   paralisado.  Depois   recuou, sentindo   vontade   de   vomitar. Estava atordoado, mal podia respirar. Quis se levantar da cama e sair depressa dali, mas não foi capaz de fazer nenhum movimento. Ficou parado à espera de que a criatura, repentinamente, arreganhasse a boca para devorá-lo.
No entanto, foi novamente surpreendido pelos fatos. O pensamento surgiu de modo inesperado, numa explosão de luz em sua mente. Estava recebendo uma mensagem clara e precisa, como se uma voz falasse dentro de sua cabeça. Fábio escutou, maravilhado.
Seu medo acabara de sumir.

Dê continuidade à história, contando como Fábio passou a caracterizar aquele estranho ser.
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