Relatos sobre a MAC, Colégio Wilson Joffre, Cascavel.
Atividades desenvolvidas pela professora Daniele Bertollo.
Língua Portuguesa
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Durante todo o ano trabalhei os conteúdos relativos a cada série e realizei inúmeros trabalhos. Alguns desses trabalhos, não poderiam ser engavetados, pois tudo que é bom pode e deve ser compartilhado.
Em parceria com a professora de Arte, Ariadne de Assis, foi criada nossa sala na Mostra. Muitas ideias afloram minha mente, talvez por já ter trabalhado 05 anos com educação infantil e ter tido a oportunidade de desenvolver o lado criativo do professor. Quando soube da MAC, embora não fosse obrigada, pois participei da oratória, vi no evento a oportunidade de expor o trabalho de meus alunos. Conversando com Ariadne descobri minha cara metade, aquela que quando você tem uma ideia ela ajuda, apoia e AUMENTA. Com certeza uma parceria que não sugou, apenas agregou.
Essa professora é especial, uma artista, uma pessoa de ótimo coração!
Enfim, vamos aos trabalhos:
Fernando Pessoa e seus heterônimos
Trabalhei Fernando Pessoa com o 3º TAI. Estudo normal de sala de aula. Seguidamente, levei vários livros de Fernando para a sala e solicitei que encontrassem um que os representasse, que refletisse algo de suas vidas. Desta forma oportunizei a turma acesso a tais livros que muitas vezes estão esquecidos na biblioteca.
Uma vez que as escolhas foram feitas, eles interpretaram cada um sua poesia, por escrito e trouxeram uma representação artística do mesmo (desenho).
SIMPLES.
Não mudou minha rotina e excelente resultado.
Na feira, a Ariadne desenhou um FERNANDO PESSOA enorme, lindo, perfeito e colocamos como fundo para o resto do trabalho. As poesias, também por ideia da Ariadne, foram impressas em transparências intercaladas com papel colorido e expostas suspensas, presas ao teto.
FICOU LINDO.
FÁCIL.
DIFERENTE.
Se houve algum defeito, foi não ter convidado um aluno para fazer a mediação entre os visitantes da feira e o trabalho, mas fica como aprendizado. No mais, dispensava explicações.
A seguir fotos:
Cordel - Patativa do Assaré - xilogravura
Com os 1ºs anos do Ensino Médio (A/B/C/D), trabalhei durante o ano as variedades linguísticas. Não poderia deixar de trabalhar o preconceito linguístico. Quem melhor para mostrar sua genialidade que pouco frequentou escola do que o Patativa???
Após os estudos, fiz a proposta:
* Produção de cartaz criativo com um trecho de um cordel do Patativa.
* Produção de um cartaz criativo com a biografia do Patativa.
* Produção de um vídeo criativo com a biografia do Patativa.
Dentre as opções abaixo, os alunos optaram e fizeram. Os resultados foram variados, mas grande parte dos trabalhos (maioria) vieram lindos, criativos e informativos. Não pude expor todos, pois não havia espaço, mas havia um combinado prévio que os mais caprichados seriam selecionados para tal evento.
Mais uma vez, conversando com a Ariadne sobre tal atividade ela de dispôs a proporcionar em contraturno um curso de xilogravura para os alunos responsáveis pelos 05 melhores trabalhos do cartaz.
INCRÍVEL
Nem todos que ganharam se dispuseram a passar uma tarde na escola e aprender a técnica. Por motivos variados perdemos alguns participantes, mas os que vieram valeram por 10. Alunos dispostos, interessados, fizeram um lindo trabalho!!! Alguns vieram 02 dias para terminar ou ajudar a produzir cordéis para entregarmos de lembrança na feira. Em destaque a aluna Andressa do 1º D que foi muito disponível em todos os momentos.
Na Mostra, os cordéis foram expostos em varais numa barraquinha de madeira e num painel. Fizemos um ambiente com cadeiras e tapete para que as pessoas pudessem parar para ler, decoramos com feno que a agropecuária Agrolora nos emprestou (meu carro ficou imundo e fedido!!!). Agradecemos imensamente a agropecuária!!!!
A seguir fotos dos cartazes e da exposição na feira:
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Vídeos produzidos: (falta o do Vitor 1ºA)
Projeto Jornal
Quando peguei os 9ºs anos, assustei-me com a disciplina. Saía todos os dias sem voz da sala de aula. O tempo foi passando e fomos nos conhecendo. Moldando-nos. Hoje, posso dizer com todo sentimento que carrego no meu peito que sou apaixonada por eles. Continuam em polvorosa, explosivos, mas eles têm uma raça, um senso de humor...Apaixonei-me, agora é tarde. Sem hipocrisia, juro. Todo dia eu brigo, todo dia eu resmungo algo, todo dia faço minhas "ameaças" sobre comer o fígado deles no jantar, mas se faço isso, ELES SABEM BEM, é porque me importo imensamente com todos. Como eles sabem, respeitam.
Sinto-me na obrigação de falar destas turmas, pois eles me dão muita alegria. Foram inúmeros os momentos que me senti realizada na profissão com as atitudes deles. Posso exemplificar:
* Interpretações textuais: eles arrasam. Quando abro para a oralidade, faltam-me argumentos, mas para eles sobram. Argumentos bons. Já deixei-os trabalhando em grupos, sozinhos, fiquei admirada com os debates que ouvia.
* Leitura dos livros: a maioria leu o que pedi. Nem que fosse para a recuperação, mas corria atrás e lia. Livros que formaram a base para os clássicos que o Ensino Médio exige.
* Poesia: trabalhei recentemente. Criaram sonetos. Vários trouxeram antecipadamente, querendo mostrar que tinham o dom. Alguns, na entrega, fizeram mais do que um e entregaram. Alguns entregaram com o esquema de rimas do lado. Senti que despertei a sensibilidade de muitos.
* Jornal: não falarei das etapas, pois postarei a foto explicativa, mas vou dizer que deu MUITO TRABALHO para mim também. Quanto vai e vem, quanto troca troca, quanto choro e resmungo....Vou resumir: VALEU A PENA. Trabalho de um ano todo que valeu cada gota de suor. Sim, houve quem não fez. Houve quem fez de qualquer jeito. Acredito que todo trabalho passa por obstáculos. Analisando agora, percebo falhas na proposta. Mudaria várias coisas, aperfeiçoaria com certeza. Senso crítico.
Esses são alguns dos motivos que me fazem tecer elogios para essas turmas.
Vejamos os trabalhos fotografados e na sequência vídeos de toda a sala:
Vários alunos gostariam de ter ajudado na organização e na apresentação no dia, mas, infelizmente, tive que determinar uma pequena quantia ou não teríamos espaço para os visitantes. Como escolhi? Eles me escolheram. Vieram até mim e pediram se poderiam ajudar no dia e eu ainda disse que sim, mas que não valeria nota. Então vieram só pela participação. Isso me deixa muito mais orgulhosa.
Quase todos os alunos tiraram fotos para compormos o mural do jornal. Alguns, muito bons, ficaram tímidos e não fotografaram. Eles pagaram por suas fotos. Ficaram lindas! Confira:
VÍDEO DA CAMILA MOSTRANDO A SALA:
Agradecimento especial a professora Késia que ajudou no dia da montagem e ao Seu Paulo que sob as orientações da Ariadne construiu nossa barraquinha e nos ajudou na montagem tb.
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